Camboja #1 - 10 dicas para quem quer viajar com crianças

Camboja era um destino que já estava marcado na nossa 'lista' à algum tempo. Sendo um destino relativamente perto de Singapura, acabou por não ser prioritário, mas quis o destino que este ano iríamos começar o Ano Novo neste país localizado no sudeste asiático. 
 
A primeira vez que fiquei com vontade de conhecer este país, foi quando vi o filme Tomb Rider, mas nunca imaginei que houvesse tanta beleza e riqueza artística no mesmo local, uma mistura de emoções pois a pobreza contrasta com a grandiosidade dos templos e ficamos com a questão na nossa cabeça: ' Que civilização foi esta, que fez tamanhas obras de arte e depois não continuou as suas obras?'
De qualquer forma, fiquei maravilhada com este povo, que apesar de ter sido dizimado entre 1975 e 1979 (cerca de 2 milhões de pessoas, a maior parte professores, médicos e artistas), por um regime comunista conhecido como Khmer vermelho, têm sempre um sorriso no rosto e uma paz interior que acaba por ser contagiante. A língua oficial é o Khmer, mas praticamente todas as pessoas falam inglês e 95% da população é budista.
Um país que se está a tentar reerguer, em que sentimos um esforço de aprendizagem imensa, sobretudo no inglês e uma cultura extraordinária por parte dos guias turísticos e de todo o Staff do Hotel em que ficámos.
A pobreza é muita, as ruas são de terra batida e sentimos o pó a toda a hora, sobretudo se andarmos de Tuc Tuc, mas valeu a pena esta experiência e ainda mais feliz fiquei por ter levado a pequenada. Acreditem ou não, a Mia foi quem mais adorou visitar os Templos, saltar as pedras, subir escadas e isso deixou-me com o coração tão cheio. Podiamos ter ido só os dois e aproveitado mais, mas não teria sido igual. Por isso, conto-vos a nossa pequena aventura no Camboja, com 3 crianças, e deixo algumas dicas importantes para quem quiser fazer igual!
 
1. Os meses ideais para visitar o Camboja são Dezembro e Janeiro, altura em que a humidade desce para níveis mais suportáveis e as temperaturas descem um bocadinho. Nos primeiros dois dias estiveram cerca de 25 graus e foi perfeito para visitar os Templos. Mas não se esqueçam que é, também, a época alta e por isso os preços dos hotéis disparam, bem como os voos. Façam como o hubby e marquem tudo com 6 meses de antecedência para poderem ter melhor tarifas. 

2. Existem voos directos para Siem Reap, pelo que sei a Jet Star e a Singapore Airlines são os únicos que fazem esta ligação directa a partir de Singapura.

3. É necessário visto para adultos e crianças e podem fazê-lo on-line ou quando chegam ao Camboja, mas têm que levar 2 foto-passe de cada pessoa e pagar 30$. O processo em si não demora muito, além do preenchimento da papelada e quase toda a gente do nosso voo fez o visto à chegada.

4. Como viajámos com crianças, combinámos com o hotel o transporte, mas do aeroporto até ao centro de Siem Reap é muito rápido e fácil de fazer de taxi ou tuc-tuc. 

5. Devem levar dólares americanos e as notas devem ser novas, vi num café serem rejeitados dólares por serem 'antigos' (mais fáceis de falsificar).
Podem levantar dinheiro nas caixas multibanco, mas só pequenas quantias, porque apesar de não ter sentido qualquer insegurança, disseram-me que os carteiristas normalmente andam junto dos ATM.

6. Precisam sempre de 2/3 dias para visitar todos os Templos de Siem Reap, por isso não vão menos tempo porque vale mesmo a pena ver tudo. Nós fomos 5 dias para podermos descansar e aproveitar a noite de Ano Novo.
Existe um único passe, que é adquirido em locais autorizados (os guias sabem onde devem comprar e no Hotel também), e não é transmissível e terão que tirar uma foto no local. Podem ter a duração de 1,3 ou 7 dias e custam entre 20$ a 60$ e as crianças com menos de 10 anos não pagam. 
 
7. Os hotéis têm carros que podem ser alugados, todo o dia ou só parte do dia com guia turístico. Achei mesmo muito importante o apoio do guia porque além da explicação histórica desta civilização, dos Templos, etc., eles sabem os melhores lugares para visitarmos, tirarmos as melhores fotos e com crianças toda a poupança de tempo é preciosa. Ou podem simplesmente optar por ir de tua-tuc, mas levem umas máscaras ou lenços pois o pó na estrada até aos templos é mesmo muito. Nós andávamos de tuc-tuc quando queriamos ir até ao centro e os míudos adoravam...
 
8. Levar t-shirts que cubram os ombros e saias/calções pelo joelho ou então levar um lenço, mas com o calor que faz não aconselho muito. De qualquer forma, caso se esqueçam de levar roupa apropriada para visitar os Templos, existem sempre vendedoras no local, com calças, saias, túnicas, etc. Esta exigência não é aplicável às crianças, mas de qualquer forma levem ténis para a pequenada e roupa fresca e confortável. Não levem roupa branca por causa do pó, fica tudo sujo com muita facilidade

9. É tudo muito barato, comida, bebidas, hotéis, restaurantes, mas quando se vai com crianças temos que ter cuidados adicionais. Decidimos ficar num Hotel a 2 minutos do centro de Siemp Reap e com pensão completa. Foi das melhores experiências que tivemos em termos gastronómicos, a comida local é maravilhosa, picante q.b. e o hotel parece um palacete. Mas prometo contar mais sobre o hotel e pratos típicos num próximo post. 
Ficámos no Sarai Resort&Spa, mas existem dezenas de ofertas, é uma questão de pesquisar e ver o que melhor se enquadra para cada família.
 
10. Não dar dinheiro ou doces às crianças no Camboja, pois incentiva à desistência escolar, esta advertência é feita pelo próprio governo, em caso de quererem ajudar podem doar para uma Instituição. 
Foi o que eu fiz, mais um grupo de amigas no Natal, vendemos bolos e bolachas e o dinheiro reverteu para a ajuda de escolas no Camboja, que na altura do Khmer Vermelho foram destruídas ou ficaram em muito mau estado.

E prometo contar toda a nossa estadia no Camboja brevemente!
 




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